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Foto em close de mãos de uma jovem segurando um dado. Há livros e papéis sobre a mesa
06/05/2024

Jogos como estratégia potente para o ensino da matemática

Foto em close de mãos de uma jovem segurando um dado. Há livros e papéis sobre a mesa

A proposição de jogos em sala de aula pode ser um recurso potente na construção de saberes matemáticos por parte dos/as estudantes. Mas é preciso entender que o uso de jogos no contexto escolar é muito diferente do que se faz em casa e outros espaços.
A prática precisa ser bem planejada e ter intencionalidade – com propósitos claros e a possibilidade de se trabalhar um conteúdo específico a partir das problematizações geradas – para não ficar reduzida a uma atividade lúdica e de interação.

Com base na experiência do trabalho realizado na formação de Matemática dos projetos da Roda Educativa, as formadoras Larissa Guirao Bossoni e Ana Clara Bin compartilharam com a equipe do nosso blog algumas considerações para o uso desse recurso de forma significativa em sala de aula.

Confira!

Jogos planejados e com intencionalidade: extrapolando a ideia do lúdico

Ao planejar o uso de jogos para o ensino de Matemática, é essencial que o/a educador/a reflita sobre esse recurso didático além da atividade divertida e interativa. “Esse é um ponto muito importante a ser levantado, pois parece que o próprio material leva a aprender. É como se isso bastasse para garantir a aprendizagem, quando, na verdade, gera condições”, diz Ana Clara, destacando que o uso de jogos precisa ser estudado e discutido em formação.

A perspectiva precisa ser de um jogo planejado, dentro de uma sequência didática, com conteúdos matemáticos envolvidos de forma estruturada e intencional, propósitos claros de ensino e questionamentos pertinentes ao conteúdo trabalhado, permitindo a discussão dos desafios enfrentados pelos/as estudantes.

Outro ponto importante é a desconstrução de que é preciso trabalhar do mais simples para o mais complexo. “A ideia de que as crianças precisam saber os números para poder jogar, desconsidera que, ao usarem os números, elas já estão refletindo sobre eles e, dessa maneira, ampliando seus conhecimentos”, explica Larissa.

Papel do/a professor/a: o que fazer durante e depois do jogo?

O uso dos jogos permite ao/à professor/a observar os saberes matemáticos dos/as estudantes e como eles são interpretados. Então é essencial sua intervenção e, principalmente, a promoção de discussões posteriores sobre os desafios matemáticos enfrentados.

“Olhar para o jogo como uma ferramenta de ensino e possível forma de compreender a aprendizagem das crianças a partir dos desafios enfrentados é o grande ganho. O jogo matemático passa a ter um propósito”, finaliza Larissa, reforçando a importância do uso com intencionalidade.

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