A Comissão Avaliadora que analisou as inscrições das escolas que participaram do edital do Programa Myra – Juntos pela Leitura reuniu-se no último dia 14 de dezembro para selecionar as três escolas da capital paulista que serão contempladas com o programa em 2018.

Cada integrante da Comissão indicou os seus votos e, após uma longa discussão, houve um consenso em torno das seguintes escolas:

• EMEF Cacilda Becker
• EMEF Coronel Ary Gomes
• EMEF Desembargador Amorim Lima

Compuseram a comissão representantes da Fundação SM, da Fundação Itaú Social, da Comunidade Educativa CEDAC e uma voluntária do programa.

Assim que a comissão chegou à decisão final, a diretora da Fundação SM Brasil, Maria do Pilar Lacerda, telefonou para as três escolas para comunicar a decisão.

As três escolas destacaram na sua inscrição o potencial de contribuição do programa na garantia da aprendizagem dos seus alunos.

Duas delas mencionaram o aumento da complexidade exigida das competências leitoras dos estudantes e, portanto, a relevância de uma atenção para assegurar as aprendizagens relacionadas à leitura na transição do ciclo I para o ciclo II do Ensino Fundamental.

O edital ficou aberto entre os dias 10 de novembro e 6 de dezembro e recebeu 14 inscrições de 14 escolas, das quais 10 foram validadas. Estavam aptas a participar do edital escolas públicas municipais ou estaduais de Ensino Fundamental, localizadas na cidade de São Paulo (que atendam alunos de 4º, 5º e 6º ano).

Inspirado no Projeto LECXIT, que foi criado em Barcelona em 2011, o programa foi trazido ao Brasil em 2016 por iniciativa da Fundação SM, e contou com a parceria da Comunidade Educativa CEDAC para adaptá-lo ao contexto brasileiro. Atualmente é realizado em duas escolas municipais da cidade de São Paulo, envolvendo mais de 20 alunos e 20 voluntários.

O programa parte do princípio de que a leitura é um direito de todos e representa uma via de acesso aos bens culturais construídos pela humanidade, cabendo à toda a sociedade garantir às crianças as condições de entrada no universo da leitura.

“Uma criança ou jovem que se apropria e se encanta pela leitura, reconhecendo-a como um bem para acessar informações, se divertir, participar da vida em sociedade poderá ter autonomia para continuar aprendendo e para atuar no mundo”, afirma Sandra Medrano, coordenadora pedagógica do Myra na CE CEDAC.

As sessões de leitura do Myra são semanais, têm uma hora de duração e são realizadas em duplas (um voluntário e um aluno), como meio de estreitar vínculos e estabelecer a confiança para que a aprendizagem aconteça. Os encontros acontecem na escola, que recebe um material de apoio do programa e é orientada e acompanhada de modo que sua equipe compreenda a concepção do programa, seu objetivo e funcionamento, garantindo sua adequada implementação.

O Myra, além de acreditar no papel compartilhado de toda a sociedade para a garantia da aprendizagem das crianças e jovens, colabora com a ampliação da cultura em relação ao trabalho voluntário. Com formação e acompanhamento, os voluntários assumem o papel de tutores, envolvendo os estudantes em práticas significativas de leitura.

O público prioritário do Myra são crianças e adolescentes que não tiveram condições de se desenvolver como leitores e que têm interesse em participar do programa. Eles são indicados pela escola, considerando seu desempenho escolar e a possibilidade de o Myra apoiar o seu avanço. Também participam de uma avaliação fornecida pelo programa que considera as condições de acesso que os alunos têm à leitura. Cabe ao aluno convidado decidir se participa e à família autorizar por escrito a sua participação.

O Myra busca como resultados que os estudantes desenvolvam suas competências leitoras e ampliem seu repertório e interesse pela leitura e que os voluntários-tutores ampliem a sua participação no universo da leitura e a consciência do seu papel na formação de leitores.

Resultados alcançados em 2016 apontam como contribuições principais a segurança adquirida pelos estudantes na realização de leitura em diferentes componentes curriculares em sala de aula; mudança de autoimagem em relação ao seu desempenho como aluno; participação mais ativa perante o grupo.

Mais informações em http://programamyra.org