contraste contraste
instagram facebook linkedin youtube email
contato como apoiar
31/08/2022

O impacto positivo da lei de cotas para a educação básica

A “lei de cotas” não só começou a mudar o perfil dos alunos da educação superior no Brasil como trouxe impactos positivos para a educação básica, destacou a coordenadora da CE CEDAC Alessandra Tavares em diversas entrevistas realizadas ao longo de agosto, mês em que a lei completou 10 anos.

 
“A lei contribui para que alunos que estejam hoje inseridos na educação básica mesmo os pequenininhos, comecem a elaborar projetos de vida que incluem o ensino superior. Vislumbram o ingresso em carreiras historicamente negadas e muito elitizadas como medicina, engenharia, como direito. Como a política de cotas beneficia estudantes de baixa renda, a população negra (pretos e pardos), a população indígena e alunos com deficiências, temos aí uma entrada de novos atores sonhando com o ensino superior”, afirmou Alessandra em entrevista ao Centro do Professorado Paulista.


“Crianças e jovens pretos e pardos não se veem apenas com uma bola de futebol no pé. As políticas de ação afirmativa têm sido fundamentais para ampliar a possibilidades de sonhos. Estudantes negros podem incluir o ensino superior como projeto de vida”, reforçou em entrevista ao jornalista Rodrigo Ratier, do UOL.

A coordenadora, que também faz doutorado em antropologia, destacou que, mesmo com os avanços proporcionados pela lei Nº 12.711 sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 29 de agosto de 2012, que o Brasil tem um longo caminho a percorrer rumo à democratização da educação e colocou a questão curricular como um dos principais desafios.

“Precisamos permanecer com a política de cotas e pensar nos currículos da educação infantil até o ensino superior. A quantas autoras negros, negras, indígenas você teve acesso na sua formação? Você leu algum intelectual que é pessoa com deficiência? Será que isso faz diferença nos trabalhos?”, questionou Alessandra convidando os espectadores à reflexão. “O que a gente vê é que esses sujeitos trazem novos rumos para a pesquisa e para a produção intelectual. ´É preciso revisitar esses currículos e trazer um novo alinhamento com o que é a sociedade hoje. É um desafio que se estende hoje da educação básica a pós-graduação, mas temos muitos sujeitos empenhados nessa tarefa.”

Como afirmou Alessandra na conversa com o colunista Rodrigo Ratier, “a pauta da educação antirracista veio para ficar”.


Alessandra atua como formadora e coordenadora do Projeto Jaê – Educação para a Equidade, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação de Santa Bárbara d’Oeste (SP) com a Comunidade Educativa CEDAC, que teve a parceria do Itaú Social em 2021 e 2022 e hoje conta com o apoio do Centro de Estudos e Pesquisas ateliescola acaia. Ela é autora do capítulo Gestão Escolar Afirmativa, do recém-lançado livro Direção Escolar: para os novos espaços e tempos da escola (CE CEDAC/Moderna/Santillana).

A seguir veja as entrevistas de Alessandra a diferentes veículos que destacaram o legado da lei de cotas no mês de agosto:


UOL Ecoa – Como as cotas em universidades ajudam também a educação básica 


Portal G1 – Lei de cotas em concursos: entenda por que universidades sorteiam vagas para contratar professores negros


Centro do Professorado Paulista – Lei de cotas completa dez anos e transforma ensino básico 

TV Senado – Dez anos da lei de cotas: especialistas apontam resultado positivo mas cobram suporte aos alunos cotistas

Rádio EBC – Especialista celebra 10 anos da Lei de Cotas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência.