Pergunta faz bem!

Em alguns momentos da vida passamos por experiências únicas, que podem ser marcantes por diversos motivos. Ora porque são diferentes do que estamos acostumados a vivenciar, ora porque provocam fortes emoções, nos deixam muito tristes ou muito felizes. Mas vivemos também outro tipo de experiência, a do dia a dia, que nos parece tão comum e para a qual não damos muita importância.

Essa bagagem cotidiana é também fundamental para nossa formação, nosso entendimento dos acontecimentos, nossos sentimentos. Porém, os detalhes do dia a dia em geral acabam se perdendo. Não pensamos nem falamos sobre eles, deixando escapar a oportunidade de refletir mais sobre temas importantes e até de dialogar com os filhos (netos, sobrinhos…) a respeito das escolhas que fazem, das ideias que formam, dos dilemas que enfrentam e dos projetos de vida que constroem.

Aquele bate-papo sincero ou aquela aproximação autêntica com as crianças e jovens nem sempre são fáceis ou triviais, todos sabemos. Mas são momentos importantes, que os ajudam a criar referências e colaboram para que cresçam saudáveis, conscientes dos papéis que querem desempenhar, do lugar que pretendem ocupar no mundo, e que favorecem uma boa Educação.

É interessante (e, acredite, é fascinante!) falar com eles sobre temas corriqueiros, questões tão presentes em nossa vida: os sentimentos, as atitudes diante de problemas difíceis de resolver, as polêmicas, os impasses da vida cotidiana, as preferências, o dia a dia na escola, as aprendizagens, a rotina e a forma como lidamos com ela.
Neste caderno, você – pai, mãe, tio, tia, avô, avó ou qualquer adulto que conviva intensamente com crianças e se importa com o relacionamento que tem com elas – encontrará 100 perguntas pensadas para disparar essas conversas.

Após cada uma delas há um espaço para você registrar as respostas, ano a ano, e um comentário inspirador. Que tal começar já? Lembre-se, a ideia é contribuir com o diálogo. Não há regras. Com o passar do tempo, você pode retomar uma pergunta já feita. Será interessante comparar com o que pensavam antes e, por que não, tentar imaginar o que virá no futuro.

As crianças têm opiniões sobre como o mundo funciona e como poderia funcionar. Ouvir o que pensam sobre o lugar que idealizam para elas no mundo é uma boa forma de fazê-las pensar sobre assuntos diversos e ajudá-las a se posicionar.

Que as conversas entre vocês sejam muito prazerosas e, acima de tudo, permitam que o diálogo entre pais e filhos, adultos e crianças, estreite esses vínculos tão fundamentais vida afora!

Autor: Comunidade Educativa CEDAC e Todos pela Educação
Ano: 2014